sábado, 27 de novembro de 2010

A História na obra e a obra na história: Temporalidade e intemporalidade da Arte


Uma breve reflexão:

Por: Cédina Pereira de Melo Alves




                        “É necessário um ulterior aprofundamento das relações da arte com a história. Estas relações são duplas, porque, por um lado, dizem respeito à sua emergência da história e, por outro, à sua presença nela; de uma parte, à sua intemporalidade e, de doutra, à sua temporalidade.
                        Por um lado, a obra de arte emerge da história: ela nasce numa determinada situação histórica e com um preciso condicionamento temporal, mas não é produzida pela história que a precede, porque, de preferência, dela extrai sustento e nutrição, e, dela nascendo, detém o fluxo horizontal do tempo para dele sair verticalmente, e para fixar-se num valor doravante intemporal: universal, isto é, onirreconhecível, eviterno, isto é, perene. Por outro lado, a obra reimerge na história: longe de reduzir-se a um simples momento do fluxo temporal, é capaz de, ela própria, produzir história, porque com a exemplaridade de seu valor suscita, através de si, uma vida de imitações, retomada e desenvolvimentos que, de maneira variada, nela se inspiram[...]”(Fusari, Maria Felisminda de Rezende e Ferraz, Maria Heloísa Corrrêa de Toledo. Arte na Educação Escolar. São Paulo: Cortez, 2001
                        De forma quase que poética, o que esta sendo colocado é que a Arte é um instrumento utilizado para o conhecimento, e que se encontra em constante mutação, ficando a mercê de sua definição o tempo e espaço do povo que a pleiteia.
                        Logo o tempo é um fator preponderante em sua definição, é ele que determina quando, como e de que forma o objeto de apreciação ser considerado ARTE.





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